A arte cavalheiresca do negro

Com ares de quimera, “sushi-com-vatapá”, o relato inspirado – narrado em primeira pessoa e apresentado como monografia final na faculdade de psicologia – traz um estudante às voltas com os limites de seu próprio corpo e pensamento. Elogiado por alguns de seus professores, o texto vai livre dos dogmatismos acadêmicos e, breve, convida à leitura de uma só vez. Trata da interação com o jogo da capoeira, pela perspectiva oriental do kyudô japonês, arte do arco e da flecha, em referência direta ao livro de Eugen Herrigel, A arte cavalheiresca do arqueiro zen. Com escrita simples e cativante, vai em busca de um gesto artístico que, ao contrário de ser possuído, possui aquele em quem se manifesta. “Um pequeno livro para ser lido com o corpo”, sugere hoje, quinze anos depois, o psicólogo e também autor da coletânea de contos O seio e um morango (também disponível no site).